Animais Peçonhentos - Acidentes - Hospital Sabará
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Animais Peçonhentos – Acidentes

Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas através do aparelho inoculador (presas) de serpentes.

No Brasil, as serpentes peçonhentas são representadas por quatro gêneros:
1. Bothrops sensu latu (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, comboia), o qual, atualmente, está agrupado em cinco gêneros:

  1. Bothrops
  2. Bothropoides
  3. Bothriopsis
  4. Botrocophias
  5. Rhinocerophis; Caudisona (cascavel)

2. Lachesis (surucucu-pico-de-jaca)
3. Micrurus (coral verdadeira)

O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, o que significa que nem toda picada leva ao envenenamento. Há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na porção posterior da boca, o que dificulta a injeção de veneno ou toxina.

  • Acidente botrópico: a região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas (edemas e equimose) e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Podem haver complicações, como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal.
  • Acidente laquético: quadro semelhante ao acidente por jararaca, a picada pela surucucu-pico-de-jaca pode ainda causar dor abdominal, vômitos, diarreia, bradicardia e hipotensão.
  • Acidente crotálico: na picada por cascavel, o local da picada, muitas vezes, não apresenta dor ou lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento. Dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento (fácies miastênica), visão turva ou dupla, mal-estar, náuseas e cefaleia são algumas das manifestações, acompanhadas por dores musculares generalizadas e urina escura nos casos mais graves.
  • Acidente elapídico: o acidente por coral verdadeira não provoca, no local da picada, alteração importante. As manifestações do envenenamento caracterizam-se por dor de intensidade variável, visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Óbitos estão relacionados a paralisia dos músculos respiratórios, muitas vezes decorrentes da demora na busca por socorro médico.

Os soros antiofídicos específicos são o único tratamento eficaz e, quando indicados, devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob supervisão médica. Não se recomenda o uso de soros fora do hospital, pois a aplicação deve ser feita na veia e, sendo ele produzido a partir do sangue do cavalo, ao ser injetado no organismo humano, pode provocar reações alérgicas que precisam ser tratadas imediatamente. Além disso, é preciso conhecer os efeitos clínicos dos venenos para se indicar o tipo correto e a quantidade de soro adequada para a gravidade.

Algumas dicas para se prevenir de picadas:

  • Não andar descalço.
  • Usar luvas nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores e cupinzeiros.
  • Quando entrar em matas de ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores, parar no limite de transição de luminosidade e esperar a vista se adaptar aos lugares menos iluminados.

Fonte: Ministério da Saúde

Aranhas

Acidentes causados por aranhas são comuns, porém, a maioria não apresenta repercussão clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são: Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira ou macaca) e Latrodectus (viúva-negra).

Entre essas, a maior causadora de acidentes é a Loxosceles. Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.

A aranha-armadeira causa dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local da picada. Raramente crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão sanguínea.

No caso da aranha-marrom, a picada é pouco dolorosa e uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização; raramente podem provocar escurecimento da urina.

A viúva-negra leva a dor na região da picada, contrações nos músculos, suor generalizado e alterações na pressão e nos batimentos cardíacos.

Sabendo da picada de aranha, tome as seguintes medidas:

  1. Lavar o local da picada com água e sabão.
  2. Não fazer torniquete ou garrote.
  3. Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida, nem aplicar folhas, pó de café ou terra, para não provocar infecções.
  4. Não dar à vítima bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país. Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o tratamento adequado em tempo.

Dependendo dos sintomas, podem ser adotadas medidas para alívio da dor, como compressas mornas (acidentes por aranha-armadeira e viúva-negra); havendo ou não melhora, o paciente deve ser levado ao serviço de saúde mais próximo, para ser avaliada a necessidade de administração de soro específico.

A prevenção é feita com a adoção de:

  1. Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.
  2. Não acumular entulhos e materiais de construção.
  3. Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede.
  4. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos.
  5. Manter limpos os locais próximos das casas, jardins, quintais, paióis e celeiros; evitar plantas tipo trepadeira e bananeira junto às casas e manter a grama sempre cortada; limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou à cerca.

Escorpiões

Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o quadro de envenenamento provocado pela inoculação de veneno através de ferrão de escorpiões.

De importância médica no Brasil são os representantes do gênero Tityus, com várias espécies descritas:

  1. T. serrulatus (escorpião-amarelo)
  2. T. (escorpião-marrom)
  3. T. stigmurus
  4. T. obscurus
  5. T. paraensis (escorpião-preto da Amazônia)
  6. T. metuendus

São encontrados em praticamente todos os ambientes, porém, o crescimento desordenado dos centros urbanos propicia condições cada vez mais favoráveis à instalação e proliferação desses animais junto às habitações, em ambientes peri e intradomiciliares. Encontram esconderijos em terrenos baldios, velhas construções, sob o entulho, pilhas de madeira, tijolos, caixas de luz etc.

A picada por escorpião leva a dor no local, de início imediato e intensidade variável, com boa evolução na maioria dos casos. Porém, crianças podem apresentar manifestações graves, como náuseas e vômitos, alteração da pressão sanguínea, agitação e falta de ar. Lavar o local da picada com água e sabão; não fazer torniquete ou garrote; não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela, para não provocar infecção; não dar à vítima pinga, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país; levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o tratamento em tempo.

O tratamento é feito por compressas mornas e analgésicos para alívio da dor, até chegar a um serviço de saúde para as medidas necessárias e avaliar a necessidade ou não de soro.
A prevenção é o mais importante:

  1. Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem.
  2. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-los.
  3. Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção.
  4. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés.
  5. Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos.
  6. Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros.
  7. Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins.
  8. Preservar predadores naturais, como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas.
  9. Limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou à cerca.

Lagartas

A importância das lagartas de mariposas (lepidópteros) em saúde pública se deve aos efeitos causados pelo contato das cerdas de algumas espécies, que contêm toxinas.

Somente a fase larval (lagartas) desses animais é capaz de produzir efeitos sobre o organismo; as demais (pupa, ovo e mariposa) são inofensivas, exceto as mariposas fêmeas adultas do gênero Hylesia (Saturniidae), as quais apresentam cerdas no abdome, que, em contato com a pele, podem causar dermatite papulopruriginosa.

No Brasil, as espécies de lagartas que mais causam acidentem pertencem às famílias Megalopygidae (megalopigídeos) e Saturniidae (saturnídeos). Destaca-se entre os saturnídeos o gênero Lonomia, único responsável por envenenamento sistêmico, diferentemente das demais lagartas, que causam apenas quadro local benigno.

Normalmente, os acidentes com lagartas ocorrem quando o indivíduo toca o animal ou o espreme ao manusear a vegetação. O contato com as cerdas pontiagudas faz com que o veneno contido nos “espinhos” seja injetado na pessoa. A dor, na maioria dos casos, é violenta, irradiando-se do local da “queimadura” para outras regiões do corpo. No caso da Lonomia, algumas vezes aparecem complicações, como sangramento na gengiva e aparecimento de sangue na urina.

Dependendo da lagarta, os sintomas podem ser tratados com medidas para alívio da dor, como compressas frias ou geladas; nos casos de suspeita de acidente com Lonomia, o paciente deve ser levado ao serviço de saúde mais próximo, para se avaliar a necessidade de soro.

Fonte: Ministério da Saúde



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