Equipamentos eletrônicos atrapalham a linguagem, diz estudo - Hospital Sabará
Equipamentos eletrônicos atrapalham a linguagem, diz estudo
Desenvolvimento infantil

Equipamentos eletrônicos atrapalham a linguagem, diz estudo

O desenvolvimento da linguagem guarda relação direta com o tipo de estímulo oferecido à criança, especialmente nos primeiros dois anos de vida. Um estudo interessante a esse respeito, realizado no Arizona (EUA), analisou três formas de interação: brinquedos tradicionais como blocos de montar, livros infantis e aparelhos eletrônicos (celular e tablets), sobre o desenvolvimento do vocabulário infantil.

Segundo o estudo, é fato inconteste que a exposição da criança à televisão se relaciona com menor quantidade e qualidade de troca verbal com os pais; além disso, a exposição de crianças menores de dois anos a mídias eletrônicas retarda o desenvolvimento da linguagem. A autora demonstra estatisticamente a tendência de brinquedos eletrônicos empobrecerem o desenvolvimento do vocabulário infantil. Os dados mostram que as crianças vocalizaram 35% a menos quando os pais usaram equipamentos eletrônicos para brincar, em comparação com o uso de livros.

Isso ocorre pois a exposição a essa classe de aparelhos diminui o acesso a interações mais ricas que estimulam a fala. Por outro lado, ler e brincar com a criança são frequentemente recomendados como estimulantes potenciais para o desenvolvimento da fala saudável.

Alguns pais delegam aos meios eletrônicos os estímulos para que seus filhos se desenvolvam. No entanto, fica a sugestão de que o melhor mesmo é brincar com a criança pessoalmente e evitar esses brinquedos em favor de ler histórias. As crianças se expressam menos enquanto brincam com brinquedos eletrônicos em relação a quando brincam com livros e blocos.

Pensemos com atenção a estes dados e que nossas escolhas sejam cada vez menos inconsequentes e cada dia mais conscientes!

 

Fonte: Association of the Type of Toy Used During Play With the Quantity and Quality of Parent-Infant Communication. Anna V. Sosa – Department of Communication Sciences and Disorders, Northern Arizona University, Flagstaff. JAMA Pediatr. 2016;170(2):132-137.

Tags: desenvolvimento, falar, linguagem, bebês, estímulo, fala, bebê

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