Setembro laranja: combate à obesidade infantil
Em setembro, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove a campanha “Setembro Laranja: combate à obesidade infantil”, com o objetivo de divulgar o problema, estimular práticas alimentares saudáveis nas escolas e em casa, assim como estimular a prática de atividades físicas.
Obesidade é um problema real: segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 41 milhões de crianças com menos de 5 anos estão acima do peso. A obesidade infantil pode estar associada à síndrome metabólica, diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia.
Além disso, há grande chance de permanência do quadro na vida adulta: uma criança obesa aos 6 anos de idade tem 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Um adolescente obeso tem 70 a 80% de chance de se tornar um adulto obeso.
A doença ainda está relaciona a distúrbios ortopédicos, neurológicos, pulmonares, gastrointestinais, endócrinos, dermatológicos, hepáticos e psicológicos.
Fatores de risco
Não é só uma alimentação ruim que leva à obesidade. Segundo material publicado pelo Observatório Nacional da Primeira Infância, há diversos fatores de risco para a obesidade infantil, como o desmame precoce, o uso de fórmulas lácteas preparadas inadequadamente, introdução precoce de alimentos não recomendados, aumento exagerado de peso da mãe durante a gestação, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar inadequada. Além disso, obesidade dos pais, sedentarismo, baixo peso ou excesso de peso ao nascer e outros fatores estão associados à obesidade infantil.
Diagnóstico
Para começar, a própria família pode fazer o cálculo do IMC. Uma vez constatado que a criança está acima do peso, a família deve procurar um pediatra para orientação. Possivelmente, o paciente será encaminhado a um endocrinologista pediátrico. “O especialista irá tirar a história médica, examinar e calcular índice de massa corpórea, sendo avaliação de altura também crucial, e definir eventuais exames necessários”, explica o Dr. Felipe Lora, endocrinologista pediátrico do Sabará Hospital Infantil.
Outros especialistas que podem ser envolvidos no caso são: nutrólogo, nutricionista, psicólogo e educador físico.