Raiva Humana
A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete mamíferos, inclusive o homem, e causada por um vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae. A doença é transmitida ao homem principalmente por meio da mordedura de animais infectados.
Os pródromos duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando salivação intensa.
Os espasmos musculares evoluem para paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.
O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito. Observa-se presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia. O período de evolução, após instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de 5 a 7 dias.
Tratamento
Baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais (amantadina) e outros medicamentos específicos (biopterina).
Precauções
Vacine anualmente cães e gatos, não se aproxime de cães e gatos sem donos, não mexa ou toque neles quando estiverem se alimentando ou dormindo. Nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
A assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível após a agressão. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar algum produto antisséptico. O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro.
Se possível, manter o animal (cão ou gato) em observação por 10 dias para ver se o animal manifesta doença ou morre. Caso o animal adoeça nesse período, informar o serviço de saúde imediatamente.
É importante fornecer informações ao serviço de saúde quanto ao animal: se ele tem dono e qual o endereço. NUNCA INTERROMPA O ESQUEMA PROFILÁTICO INDICADO PELO MÉDICO.
Fonte: Ministério da Saúde