Rede de Humanização - Hospital Sabará

Rede de Humanização

A humanização é um valor transversal para o Hospital Infantil Sabará. Isso significa que permeia todos os processos, desde a chegada do paciente e sua família ao Hospital até o momento da alta.

Para garantir essa metodologia de trabalho, as ações ocorrem por meio de uma rede: a Rede de Humanização, formada pelas áreas de psicologia, enfermagem, hospitalidade e parceiros como o grupo musical Saracura, grupo de atores Pronto Sorrir, Associação Viva e Deixe Viver e voluntariado.

 

O que significa atendimento humanizado?

O atendimento humanizado parte do princípio de que todos os seres humanos têm direitos iguais perante a lei. Isso pode ser traduzido em atitude por meio da valorização de todos os sujeitos envolvidos durante o atendimento, ou seja, a criança e seus familiares e todos os profissionais da saúde implicados no processo de tratamento da criança enferma.

O atendimento humanizado entende ainda que a criança deve ser observada na sua integralidade, ou seja, sob os seus aspectos físicos, sociais e psicológicos, visando seu bem-estar como um todo. O bem-estar da criança pode ser atendido observando-se os principais motivos de estresse diante da hospitalização, tais como: a separação dos pais durante o procedimento, a falta de informação ao paciente/criança a respeito dos motivos pelos quais ela está no hospital; e, durante o procedimento, a explicação sobre o que está acontecendo com a criança a cada etapa e a indicação do final.

Garantir atendimento ágil, eficaz e ao mesmo tempo acolhedor, também faz parte do conjunto de práticas que tornam um atendimento humanizado em pediatria.

 

Conheça nossos parceiros:

 

Projeto Cão Terapia
Muitos sabem que os cachorros fazem bem à saúde das crianças. Os melhores amigos do homem propiciam momentos de companheirismo que podem contribuir para a qualidade de vida desde a infância. Além de oferecer o que mais apreciamos – amor, carinho, conforto e até a oportunidade de escutar nossas lamúrias sem contestar – o contato dos pequenos com pets ajuda também no aprendizado de valores pessoais, tais como respeito e responsabilidade, e traz muita alegria ao convívio familiar.

Com esse ponto de partida, o Hospital Infantil Sabará aderiu à Terapia Assistida por Animais (TAA) por meio de uma parceria pioneira com o projeto Cão Terapeuta. Isso quer dizer que agora conta com visitas caninas no hospital para trazer alegria e força aos pequenos. Essa terapia tem como principal objetivo criar laços entre uma pessoa e um animal como parte integrante do processo de recuperação. Ela é realizada por profissionais da área de saúde que ajudam a promover o bem-estar físico e emocional dos pacientes.

Assim, estão atrelados os benefícios emocionais que um cachorro pode trazer para a criança aos de saúde. O Hospital considera esse poder de interação entre cães e seres humanos muito positiva, pois trata-se de uma relação muito estudada nas últimas décadas e que apresenta influência na recuperação de doentes nas mais variadas situações.

Os cães que visitam o Hospital Infantil Sabará passam por uma rigorosa triagem de comportamento, definida, especialmente pela doçura e não agressividade frente às situações desconhecidas. Eles passam por exames médicos trimestrais, recebem vermífugos, vacinas e, obrigatoriamente, tomam um banho reforçado no dia da visita. Inclusive, os pets recebem um atestado de saúde da veterinária responsável pelo projeto. Tudo isso para que a segurança dos pacientes seja garantida.

As visitas acontecem às sextas-feiras no período da tarde, para a alegria de todos os pacientes e familiares que acompanham os cães terapeutas.

 

Pronto Sorrir
O Pronto Sorrir é um grupo de humanização que atua no Hospital Infantil Sabará desde novembro de 2012. Todos os integrantes são atores que se transformam em personagens do imaginário infantil dotados com poderes inusitados criados e desenvolvidos pelo grupo.

Os artistas circulam sempre em duplas pelos saguões do Hospital, quartos de internação e UTI interagindo com crianças, pais e funcionários. As visitas duram duas horas e ocorrem três vezes por semana.

Nas intervenções no Pronto Socorro e Brinquedoteca são feitas brincadeiras, mágicas e músicas desafinadas para pais e crianças enquanto aguardam o atendimento.

Já no atendimento nas UIs e UTIs, são feitas atividades personalizadas aos pacientes internados, muitas vezes em parceria com demais profissionais do Hospital (psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, etc).

 

Grupo Saracura
O Grupo Saracura é um coletivo que desenvolve práticas musicais especializadas e de caráter lúdico em hospitais. Sua proposta é garantir que as crianças de 0 a 100 anos tenham acesso à cultura e à música mesmo em períodos de confinamento, permitindo que sejam recebidas pelos hospitais como pessoas completas, capazes de superar um período difícil da vida sem serem privadas de seu rico e saudável universo da fantasia.

Para realizar essa tarefa, o grupo realiza atuações lúdicas utilizando especialmente os recursos da linguagem musical e conta com profissionais de diferentes áreas, que reúnem competências e formação específicas em música, medicina e psicologia.

O Saracura entoou seus primeiros acalantos em 2003, quando alguns de seus artistas foram convidados a tocar músicas para as crianças no Hospital Infantil Sabará. O projeto nasceu, inicialmente, da ideia de tornar mais agradável o tempo de espera das crianças e seus familiares no Pronto-Socorro. Com o tempo, percebeu-se que havia outros espaços carentes de música e arte dentro do ambiente hospitalar, como os quartos de internação e UTI, onde se passou a introduzir o trabalho.

Hoje, todos os músicos atuantes do Saracura são profissionais da área e têm de passar por um programa de capacitação, que aborda desde questões de aptidão técnica musical até noções de psicologia, protocolos de conduta e higiene específicos para a atuação dentro das unidades de saúde.

 

Viva e deixe viver
Desde 1993, o diretor-fundador da Associação Viva e Deixe Viver Valdir Cimino ajudava as crianças de um hospital comprando brinquedos para as festas e bingos e organizando a arrecadação de tíquetes refeição para a compra de leite.

Um dia, conversando com a sobrinha Violeta ao telefone, disse que gostaria de transformar o medo que as crianças sentem no ambiente hospitalar. Violeta disse: “Tio, leia para elas”.

No dia 17 de agosto de 1997, ele deu início ao que chama de um salto quântico em sua vida. Passou a ouvir mais e falar o essencial, ter cuidado com as palavras, permitir que o Pinóquio e Gepetto possam receber a ajuda dos Powers Rangers para sair da barriga da baleia.

Viva e deixe viver é um exercício de cidadania, é a capacidade e a possibilidade de construir ou transformar, é a cooperação dos “contadores e fazedores de histórias” para um mundo mais digno, em especial para as nossas crianças que farão do Brasil um País mais feliz.

A Viva é uma entidade sem fins lucrativos, não governamental, certificada pelo Ministério da Justiça como OSCIP. A Associação reúne mais de mil voluntários atuantes e está presente em hospitais de São Paulo e de outros Estados e cidades do País.

 

Voluntariado
A principal motivação da equipe de voluntariado é transformar a experiência da criança na melhor possível, reduzindo o estresse da hospitalização com brincadeiras.

Os voluntários atuam no Pronto-Socorro, na Brinquedoteca, na Unidade de Internação, na UTI e no Centro Cirúrgico. Estão aqui e ali pelo hospital para levar um sorriso ao rosto das crianças. Claro que não é fácil exercer essa função. Para ser voluntário, não basta ter boas intenções e querer ajudar – é preciso ter capacitação. Por isso, cada voluntário passa por um treinamento de 7,5 horas teóricas e 10 horas práticas, com supervisão durante cerca de um mês e meio.

Saiba mais sobre o voluntariado

“O paciente pediátrico passa pelo processo da doença, da separação da família, de sua casa e suas referências de uma maneira diferente do adulto. O voluntário atua para tirá-lo, de certa forma, desse ambiente ‘estranho’ e, para isso, precisa conhecer as etapas do desenvolvimento da criança e a brincadeira e o comportamento adequados para cada idade e situação”, diz Sandra Mutarelli Setúbal, presidente do Instituto PENSI e diretora do grupo de humanização do Hospital Infantil Sabará.

O Hospital e o Instituto PENSI realizam durante todo o ano uma série de palestras cujo objetivo é oferecer formação continuada aos voluntários. Dentre os temas trabalhados nos cursos estão a contação de histórias, brincadeiras para bebês, a relação da criança hospitalizada com sua dor, o uso de telas no ambiente hospitalar, dentre outros.

 

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