Atenção nos sinais de alerta e consulta com cardiologista pediátrico são essenciais para o diagnóstico e tratamento de doenças cardiológicas
Histórico de doença cardíaca na família, sintomas respiratórios e cansaço excessivo são sintomas de alerta em crianças de todas as idades
O diagnóstico precoce é essencial para a do coração, e o acompanhamento multidisciplinar na infância faz toda a diferença para a qualidade de vida da criança a longo prazo. Mas como saber quando é hora de buscar um cardiologista pediátrico? De acordo com a Dra. Lily Montalván, coordenadora do setor de cardiologia pediátrica do Sabará, existem alguns sinais que podem ajudar os familiares a identificar essa necessidade nos primeiros meses ou anos de vida.
“Procurar um cardiologista pediátrico é fundamental em algumas situações, especialmente quando há sinais de que a saúde do coração da criança possa estar comprometida.
Recomenda-se que a primeira consulta cardiológica aconteça quando a criança completar um ano, especialmente em casos de bebês prematuros, histórico familiar de doenças cardíacas, ou que apresentem sintomas como cansaço excessivo ou dificuldade para respirar”, explica.
O diagnóstico precoce e a atenção multidisciplinar, ambos pilares do atendimento do Sabará, possibilitam que a criança cardiopata tenha uma vida feliz e saudável, frequentando a escola, praticando esportes e se divertindo com os amigos. Embora tudo dependa do tipo e da gravidade da patologia, o fator determinante para o sucesso do tratamento é o diagnóstico precoce.
“Quando mais cedo o diagnóstico, melhor para diminuir a repercussão dos defeitos, planejar a cirurgia e reduzir o impacto sobre outros órgãos que possam trazer mais morbidade para a vida desta criança. Quando a cardiopatia é diagnosticada ainda no período fetal, podemos planejar o nascimento aqui mesmo no Sabará, que conta com uma equipe especializada e multidisciplinar para olhar a criança além do coração”, explica a especialista.
Quando procurar um cardiologista pediátrico:
- Histórico familiar de doenças cardíacas: Se houver histórico de doenças cardíacas graves, como cardiopatias congênitas, arritmias ou morte súbita em membros próximos da família.
- Sintomas respiratórios e cansaço excessivo: Crianças que apresentam falta de ar, cansaço fácil durante atividades físicas ou cianose (coloração azulada da pele) podem necessitar de avaliação.
- Dor no peito: Embora nem toda dor no peito em crianças esteja relacionada ao coração, se ela for recorrente e não tiver causa muscular ou respiratória evidente, um cardiologista deve ser consultado.
- Arritmias ou palpitações: Sensação de batimentos cardíacos irregulares ou acelerados, mesmo em repouso.
- Sinais de cardiopatias congênitas: Bebês com dificuldade em ganhar peso, má alimentação, ou aqueles que nascem com doenças cardíacas diagnosticadas no pré-natal ou logo após o nascimento.
- Hipertensão arterial: Se a criança apresenta pressão arterial elevada, mesmo sem outros sintomas.
- Síncope (desmaios): Desmaios frequentes ou inexplicáveis, especialmente durante ou após atividades físicas.
Manter os exames em dia é essencial para o diagnóstico e plano de tratamento de cardiopatias
Após a primeira consulta com o cardiologista pediátrico, uma série de exames são necessários para o diagnóstico correto. Os exames são solicitados de acordo com os sintomas e o histórico médico da criança, ajudando a diagnosticar a presença de doenças congênitas, arritmias, problemas estruturais ou funcionais do coração.
– Eletrocardiograma (ECG): Avalia a atividade elétrica do coração e pode identificar arritmias ou sinais de sobrecarga cardíaca.
– Ecocardiograma: Ultrassom do coração que avalia a estrutura e o funcionamento cardíaco, sendo muito útil para detectar cardiopatias congênitas.
– Holter de 24 horas: Monitora o ritmo cardíaco por um período prolongado para identificar arritmias que não são detectadas no ECG comum.
– Teste ergométrico (teste de esforço): Usado para avaliar como o coração responde ao exercício, indicado em casos de cansaço inexplicável ou sintomas durante a atividade física.
– Radiografia de tórax: Ajuda a avaliar o tamanho do coração e a anatomia do tórax.
– Ressonância magnética cardíaca: Um exame mais detalhado para avaliar a anatomia e função do coração, especialmente em casos de suspeita de malformações.
– Exames de sangue: Avaliam marcadores relacionados ao coração, como os níveis de colesterol e função renal.