Visão geral
A Cirurgia Plástica com enfoque pediátrico é o segmento da especialidade que reúne doenças e malformações específicas do período infantil e adolescente, que podem surgir já ao nascimento ou se desenvolver durante o período de crescimento da criança ou adolescente.
Criança não é adulto pequeno
O paciente entre zero e 17 anos, 11 meses e 29 dias apresenta particularidades a serem consideradas, que vão desde a coleta de dados da gestação e nascimento, relatados pelos pais, até como o adolescente se sente em relação a um tratamento proposto.
Devemos considerar que, nos primeiros anos da infância, a intervenção da Cirurgia Plástica é estritamente reparadora, e envolve tratamentos de deformidades que podem acometer crianças durante a fase de desenvolvimento no útero, chamadas deformidades congênitas. Essas deformidades podem abranger diversos locais sobretudo da face, crânio e mãos.
Nesse período também podem surgir tumorações típicas da infância, que aparecem na superfície do corpo e devem ser tratadas isolada ou conjuntamente com a Cirurgia Plástica, sejam elas malignas ou benignas.
Temos que considerar também o advento da puberdade onde o adolescente comumente tem questionamentos de auto-estima e situações atípicas de certas partes do corpo podem ter efeito traumatizante na personalidade do futuro adulto. São situações que não chegam a ser deformidades, mas são motivo de abalo da auto-imagem, como as orelhas proeminentes (orelhas de abano), a ginecomastia (crescimento mamário em meninos), nariz inestético, entre outros problemas.
Qualquer Cirurgia Plástica tem uma idade mais apropriada para ser considerada, e isso envolve condições clínicas e psicológicas do paciente, anuência dos pais e indicação técnica de um Cirurgião habituado com esse perfil de pacientes.
Cabe ao Pediatra Geral a avaliação precoce de qualquer problema na criança onde um Cirurgião Plástico possa ajudar, e encaminhá-la para que a orientação mais adequada seja feita.
O que tratamos
A Cirurgia Plástica diagnostica e trata cirurgicamente:
1) deformidades adquiridas ao longo da vida;
2) deformidades já presentes ao nascimento (malformações da fase de embrião);
3) problemas estéticos de órgãos que, apesar de funcionalmente normais, tem aparência indesejável;
4) tumores de pele, malignos e benignos;
5) queimaduras.
Em relação às deformidades adquiridas, podemos incluir aquelas decorrentes de fraturas de face e acidentes de partes moles durante o tratamento de urgência; as sequelas tardias funcionais e estéticas de tais acidentes, assim como as sequelas decorrentes de outros tratamentos, como câncer de mama, da região de cabeça/pescoço ou de qualquer região de tronco e membros.
Quanto às deformidades ao nascimento, também chamadas congênitas, incluímos uma grande variedade de síndromes que geram deformidades diversas em região craniofacial, membros (sobretudo mãos), além de regiões específicas como as fissuras labiopalatais, nariz (rinofaringe), entre muitas outras, em que eventualmente é necessária uma abordagem multidisciplinar com outras especialidades para um tratamento completo.
O tratamento dos problemas estéticos tem o objetivo de cuidar do desenvolvimento da autoestima e da personalidade da criança, para que ela cresça bem aceita e inclusa socialmente. Essas cirurgias dependem da idade correta da criança, de uma orientação adequada dos pais e de uma avaliação especializada por parte do cirurgião plástico. Comumente tratamos as orelhas proeminentes (orelhas de abano), o aumento de mamas em meninos (ginecomastia), grandes assimetrias mamárias femininas em adolescentes ou, eventualmente, alterações nasais chamativas.
Os tumores de pele são as cirurgias mais comuns na infância e abrangem tumorações em pele e subcutâneo que exijam a correta retirada com o mínimo de cicatrizes ou sequelas, sobretudo em regiões da face ou em articulações, sejam eles benignos ou malignos.
Por fim, o ramo das queimaduras exige a conduta do Cirurgião Plástico desde a fase aguda, com a sequência correta de curativos e retiradas de tecidos queimados, até a fase tardia, visando a prevenção de quaisquer sequelas.
Nossos diferenciais
A experiência da especialidade de atuação fora e dentro do Hospital proporciona facilidades no acompanhamento de nossos pacientes.
O contato próximo com os pediatras gerais permite uma confiança mútua para o cuidado continuado e integral. A equipe de especialistas que avalia o paciente no Hospital é a mesma que o segue depois de sua alta, e pode ser contatada pelos profissionais do Sabará em casos de urgência. Essa continuidade é importantíssima para garantir a qualidade do tratamento.
A cobertura da equipe à distância funciona nos 365 dias do ano e avaliações presenciais podem ser demandadas.
Os processos e fluxos de atendimento são desenhados para o adequado suporte multiprofissional, em especial de enfermagem.
O serviço utiliza de protocolos atualizados, próprios, baseados em condutas reconhecidas internacionalmente. Ou seja, nossa proposta de cuidados é a mesma validada nos países do mundo onde a Cirurgia Plástica mais avança!
Nossas condutas alinham-se com as preconizadas pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), não só no tipo de tratamento e técnica operatória, mas também nas normas de segurança em cirurgia.