Conheça a história do pequeno guerreiro Guilherme que nasceu com Atresia de Esôfago e após a cirurgia voltou para sua cidade com a família

A espera de um filho é sempre um momento que traz muita ansiedade para toda família. E quando a gravidez se torna de risco, a apreensão e os cuidados devem ser ainda maiores. 

Foi o que aconteceu com Paula Frassinete Barbosa de Araújo, que um mês antes do nascimento do seu único filho, descobriu que seu bebê possuía uma malformação chamada atresia de esôfago. 

“Eu sou de Manaus, o que complicava nossa situação por não ter estrutura para cuidar do meu caso. Conversei com diversos médicos e todos informaram que se eu conseguisse ir para São Paulo seria a melhor escolha. Graças a Deus eu e meu marido, quando viemos, tivemos o apoio de nossa prima que também é enfermeira”, explicou Paula. 

No entanto, estava tudo predestinado! E o pequeno Guilherme resolveu que queria ser paulistano, e nasceria aqui no Sabará para que pudesse ter o acompanhamento multidisciplinar necessário logo após seu nascimento.  

Guilherme nasceu prematuro, com 36 semanas e  três dias, 2.540kg, pelas mãos da ginecologista e obstetra Dra. Sylvia Herrera, do nosso Serviço de Terapia Fetal e Neonatal. 

Logo que nasceu Guilherme já passou pelo seu primeiro desafio: a cirurgia de gastrostomia (um procedimento cirúrgico que cria uma abertura na parede abdominal para inserir um tubo no estômago para inserção de alimentação e medicamentos). Esse procedimento foi necessário porque o recém nascido nao apresentava as condições apropriadas para proceder com a cirurgia de correção da atresia de esôfago. Ao completar 3 meses de internação, com a evolução do quadro clínico, a equipe médica decidiu então realizar o procedimento corretivo. Ao todo foram aproximadamente 4 meses de internação até a tão esperada alta médica. 

“O tratamento cirúrgico da atresia de esôfago é uma das cirurgias mais complexas da nossa especialidade. No caso do Guilherme, era uma atresia sem fístula para o pulmão, o que permite esperar o desenvolvimento do órgão e o crescimento do bebê para que seja feita uma correção primária. Para que isto ocorra, foi necessário um comprometimento tanto da família quanto de toda equipe multidisciplinar composta pela equipe da Gatroenterologia, UTI, Neonatologia, Nutrologia, Cirurgia e de Enfermagem. Foi muito gratificante para todos nós poder ajudar e ver a evolução dele até os dias atuais”, explica a cirurgiã Dra.Melissa Patrick Fera Volpiani, do Sabará Hospital Infantil. 

 

“Meu filho passou pela cirurgia de correção do esôfago com a excelente Dra. Melissa Volpiani e a equipe dela que são maravilhosos. Correu tudo bem e não houve nenhuma intercorrência. Como a recuperação dele foi perfeita, em agosto voltamos para Manaus”, conta a mãe. 

Desde então, Guilherme tem progredido e em breve voltará a São Paulo para refazer os exames. “Recomendo o Sabará Hospital Infantil pois conta com excelentes médicos e equipamentos. Fui acompanhada enquanto estive internada e recebi até a visita da equipe de psicologia que me acolheu super bem”, finaliza a mãe. 

Para casos como esse do Guilherme, o Sabará Hospital Infantil oferece acompanhamento do Núcleo de Doenças Cirúrgicas do Esôfago, que é composto por uma equipe multiprofissional e está sob a coordenação da cirurgiã pediátrica Dra. Gisele Machado. 

No Sabará Hospital Infantil, a assistência destas crianças pode ser feita de forma individualizada, especializada e multidisciplinar desde a gestante e bebê com suspeita da doença, na Medicina Fetal, até ao planejamento do nascimento e cuidados na instituição no período pós-natal. Também, de bebês nascidos em outras unidades sem diagnóstico prévio e que suas famílias desejem esta assistência do Núcleo de Doenças Cirúrgicas do Esôfago. O Centro reúne equipe especializada em oferecer todo cuidado a este paciente complexo pediátrico desde o período intraútero, com o Serviço de Terapia Fetal e Neonatal e até adolescência.