Entenda os benefícios da vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes  - Hospital Sabará
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Entenda os benefícios da vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes 
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Entenda os benefícios da vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes 

Entenda os benefícios da vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes 

 

Ainda sem um grande controle das transmissões da covid-19 em todo o mundo, o que aumenta o risco do surgimento de novas variantes, cada vez mais tem se discutido a importância do público infantil também ser incluído nos programas de vacinação. No entanto, muitos pais ainda apresentam dúvidas e desconfianças em relação à segurança da aplicação do imunizante nos pequenos. 

 

É comum recebermos perguntas sobre os riscos de efeitos colaterais e até da necessidade do uso da vacina.“Por que meu filho precisa tomar, se crianças costumam desenvolver formas leves da doença?” é uma das questões enviadas pelas nossas redes sociais. Se você também tem se visto diante de questionamentos e receios, fique tranquilo. No texto de hoje, vamos responder às principais dúvidas sobre a vacinação em crianças e adolescentes e também sobre o que esperar da volta às aulas presenciais. 

 

Trazemos aqui um pouco do papo que rolou na nossa live “Sabará nas Escolas – Tudo o que se sabe sobre vacinação infantil contra a COVID-19 e as mudanças no aprendizado”, realizada em outubro, no canal no Youtube Saúde da Infância. A conversa contou com o infectologista e gerente médico do nosso hospital, Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira, e também com a diretora pedagógica da Elite Rede de Ensino, Deborah Dias Anastácio. O evento foi uma parceria do Sabará Hospital Infantil com a Conexa Saúde – maior player de saúde digital  da América Latina -, que junto com o Sabará tem oferecido atendimento médico a distância para alunos, professores e funcionários das instituições participantes do Programa Sabará nas Escolas.     

 

Agora chegue mais para bater esse papo com a gente e ter acesso a informações com credibilidade. Estamos aqui para te ajudar!

 

Se a covid-19 é uma doença leve em crianças e adolescentes, por que vaciná-los?   

 

É verdade que, geralmente, o coronavírus causa sintomas leves nas crianças e adolescentes. Isso quando eles não são até mesmo assintomáticos. Porém, o Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira destaca que não se pode descartar as possibilidades, mesmo que raras, de complicações. “O risco da criança e do adolescente evoluir para uma forma grave e ter necessidade de hospitalização, ter necessidade de terapia intensiva, é muito baixo, mas é importante a gente lembrar que não é zero”, alerta o infectologista.       

 

O médico também chama a atenção dos pais para as sequelas da doença que podem persistir meses após a infecção. “Da mesma maneira que nos adultos, já há muito tempo a gente ouve falar da síndrome pós-covid ou da covid longa, que são aquelas pessoas que têm formas às vezes muito leves da doença, mas costumam permanecer com sintomas por tempo prolongado. Isso também pode acontecer com as crianças e adolescentes. Então, na hora que eu vacino, eu estou protegendo meu filho. Não é uma vacina que vai ser utilizada para nada”, reforça o especialista. 

 

O que leva ao desenvolvimento da covid longa e também seus efeitos ainda não é uma questão completamente compreendida pela medicina. Contudo, estudos da Organização Mundial da Saúde apontaram que cerca de um quarto das pessoas permanecem com sintomas da doença entre 4 e 5 semanas depois de testar positivo para o coronavírus. E as consequências ainda podem perdurar por mais tempo – a pesquisa indicou que uma a cada dez pessoas continua com os sintomas depois de 12 semanas. Entre os sintomas persistentes e que geram maior preocupação estão fadiga severa e aumento dos danos ao coração, pulmões e cérebro.

 

Imunidade coletiva

 

Além da questão de proteção individual, a vacinação contra covid-19 em crianças e adolescentes também é uma ferramenta fundamental para barrarmos a ampla transmissão da doença. A chamada imunidade coletiva só poderá ser alcançada quando o vírus não conseguir mais se espalhar porque a maioria das pessoas já está imune à doença.

 

Nesse sentido, Dr. Oliveira afirma o quanto a expansão da vacinação para além dos adultos é essencial: “Quase um quarto da nossa população é composta de pessoas com até dezoito anos de idade. Então, é um contingente muito significativo de pessoas. E se a gente simplesmente não vaciná-las, a gente não vai ter pessoas imunizadas em quantidade suficiente para promover aquilo que a gente chama de imunidade coletiva ou imunidade de rebanho”.

 

O infectologista ainda aponta o quanto a conscientização coletiva é importante para resguardar aqueles com condições mais frágeis de saúde. “Para que a gente consiga proteger também aquelas pessoas que não tomaram a vacina porque não podem se vacinar em razão de contraindicações ou porque tiveram efeitos colaterais, a gente precisa vacinar o maior número possível de pessoas”.

 

Efeitos colaterais da vacina contra covid-19 em menores de idade

 

Atualmente, está autorizado no Brasil a imunização de jovens entre 12 e 17 anos pela vacina Comirnaty, desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Porém, a Pfizer já sinalizou que pretende enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda em novembro, um pedido de autorização para uma vacina voltada para crianças entre 5 e 11 anos. Em agosto, o Instituto Butantan também fez um pedido para incluir o público infantil (entre 3 e 17 anos) no grupo que pode receber a Coronavac no país, mas a Anvisa solicitou mais dados para fundamentar a solicitação.   

 

Muitos países em todo o mundo já autorizam a aplicação de vacinas contra a covid em crianças e adolescentes. Nos Estados Unidos, foi permitida a aplicação da Pfizer/BioNTech na idade entre 5 e 11 anos. Um estudo divulgado pela agência reguladora norte-americana (FDA, na sigla em inglês) demonstrou  91% de eficácia na prevenção da doença em crianças pequenas. Vacinas de diferentes fabricantes também estão sendo utilizadas em crianças do Chile, Argentina, Colômbia, China, Cuba, El Salvador e Emirados Árabes.  

 

Ainda sim, muitos pais e cuidadores possuem receios quanto aos riscos de efeitos colaterais provocados pelas vacinas. Alguns sintomas manifestados nas crianças são: dor no local da aplicação, febre e indisposição. No entanto, nem todas as crianças costumam ter reações e aquelas que apresentam, geralmente, têm quadros leves, com poucos dias de duração. 

 

E a tal da miocardite?     

 

Dos efeitos colaterais associados à vacina da covid, o que tem gerado mais discussão é a miocardite – inflamação do músculo do coração – e a pericardite – inflamação da membrana que recobre o coração. O Dr. Oliveira explica que esses casos são raros e que, geralmente, as crianças que apresentam esses sintomas possuem recuperação rápida, após o tratamento com anti-inflamatórios. 

 

Por isso, o médico adverte aos pais que fiquem atentos às maiores complicações que a própria exposição à covid pode trazer: “O risco da própria miocardite acontecer como uma complicação pela covid é muito maior do que o risco da miocardite pela vacina, além das outras complicações. Então, efeitos colaterais graves relacionados à vacina não são frequentes. Pelo contrário, são muito raros em todas as faixas etárias, tanto em adultos quanto em crianças.” 

 

Para os cuidadores que ainda se sentem inseguros, o médico enfatiza: “Quando a gente coloca todos esses pratos na balança e avalia de uma forma mais fria, levando em consideração os riscos, a vacinação continua, sim, sendo indicada para crianças, não só pelo efeito individual, mas também voltando a lembrar que a gente precisa desse contingente de pessoas vacinadas para poder garantir a imunidade coletiva”.

 

Proteção para além da vacina

 

Nos últimos meses, muitas crianças e adolescentes têm retornado às aulas presenciais ou, em alguns casos, com maior frequência de idas à escola. Em São Paulo, por exemplo, o governo do estado determinou a obrigatoriedade de atividades 100% presenciais em escolas públicas e privadas a partir de 18 de outubro – com exceções para estudantes com comorbidades e gestantes. Outros estados como Amapá, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Santa Catarina também já liberaram as aulas presenciais.

 

A iniciativa vai ao encontro do pedido conjunto feito, em julho, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (Unesco) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para a urgente reabertura segura das escolas no país. Em um manifesto, as entidades destacaram o quanto a pandemia aprofundou a desigualdade no ensino: “A educação é um direito fundamental, que precisa ser preservado para todas as crianças e todos os adolescentes por igual. Mas, em casa, sem os recursos adequados para aprender – como um computador e acesso à internet de boa qualidade –, meninas e meninos em situação de pobreza e vulnerabilidade estão sendo deixados para trás”.

 

O documento ainda recomendou o fechamento das escolas “apenas em caráter de exceção” e destacou alguns protocolos de segurança  que devem ser adotados pelas unidades de ensino:

 

  • Uso de máscaras (de acordo com o recomendado para cada idade);
  • Higienização das mãos;
  • Distanciamento social;
  • Etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz com um lenço de papel ou o antebraço ao tossir ou espirrar);
  • Ventilação dos espaços;
  • Limpeza e desinfecção dos ambientes;
  • Espaçamento das mesas;
  • Organização das turmas.

 

Sabará nas Escolas 

 

O retorno das aulas presenciais precisa ser em uma “nova escola”. As vacinas são muito eficazes contra complicações graves, mas a transmissão do vírus ainda continua. Por isso, os cuidados precisam ser mantidos. No programa Sabará nas Escolas, auxiliamos as instituições de ensino a adotarem estratégias e medidas de segurança para reduzir o risco de contaminação do coronavírus. 

 

Deborah Dias Anastácio, diretora pedagógica da Elite Rede de Ensino, conta que parcerias como essas foram importantes para que os protocolos pudessem ser planejados de acordo com a realidade de cada escola: “Até pra gente conseguir entender, enquanto educadores, o que efetivamente a gente precisava seguir, precisou existir uma parceria muito próxima com os profissionais de saúde, porque essas diretrizes vieram também dos médicos, dos infectologistas que disseram pra gente o que pode e o que precisava deixar de fazer”. 

 

Diante de tantas mudanças necessárias, Anastácio também afirma que um dos desafios é ajudar as crianças e os adolescentes a lidarem com as expectativas no retorno às aulas. “Precisamos voltar sem a utilização da quadra, por exemplo, e era alguma coisa que os alunos estavam ansiosos e querendo muito utilizar. Então, é uma volta à escola, mas que não é a volta à escola que esse aluno esperava da escola que ele viveu em 2019”. 

 

No entanto, a diretora pedagógica também relata que as readequações, com respaldo de especialistas, foram essenciais para que as escolas pudessem reabrir levando mais proteção e acolhimento aos estudantes: “Muitos alunos perderam familiares e tiveram perdas muito próximas, e isso afetou, inclusive, no quanto eles precisavam estar se sentindo seguros para estar naquele ambiente. Mas, ao mesmo tempo, eles relataram também o quanto era importante estar ali e ter aquele momento de troca, de estar longe do ambiente familiar, daquele espaço em que eles estiveram trancados durante alguns meses”. 

O programa Sabará nas Escolas vai além do suporte ao contexto de pandemia, pois os alunos podem se consultar por telemedicina com nossos pediatras não somente nos casos suspeitos de covid-19, mas também para situações simples de urgência. Além disso, professores e demais funcionários têm à disposição teleconsultas com os médicos da Conexa Saúde, a maior plataforma de telemedicina da América Latina.

 

Rede de cuidados para crianças e adolescentes 

 

A escola tem papel fundamental no crescimento cognitivo – mecanismos mentais necessários para a construção da percepção, pensamento, memória e resolução de problemas. Porém, o espaço escolar é – aliás, precisa ser – muito mais do que isso. É também na escola que crianças e adolescentes vivenciam a socialização, trocas de afetos e podem, muitas vezes, expressar sentimentos e aflições. 

 

Por isso, nesse processo de reabertura, Anastácio compartilha que a atenção à saúde mental dos estudantes é fundamental. Entre as questões já identificadas, ela conta como tem percebido que o ambiente instável da pandemia tem impactado alguns jovens. “Uma coisa muito sensível também que aparece nas conversas com os nossos alunos é a ausência de sonho, sabe? É muito comum se fazer uma conversa com alunos de ensino médio, por exemplo, e eles trazerem pra gente: ‘Ah, eu gostaria de ser médico ou gostaria de ser advogado, ator’. Essa perspectiva de futuro aparecia com muita frequência, e o que a gente tem observado nessa volta às aulas foi essa essa falta de visão de futuro mesmo”.  

 

Para enfrentar as dificuldades desses tempos, a diretora pedagógica reforça a importância dos vínculos afetivos em casa, e defende um cuidado em rede aos nossos pequenos: “É a aproximação entre a família e a escola, com diálogo e trabalho em união, que vai fazer a diferença na vida daqueles que estão aí sob a nossa tutela junto com as famílias”.

 

Para ler outros conteúdos sobre saúde infantil, acesse:

 

Parceria contra a pandemia: união entre Sabará e escolas promove maior segurança à alunos

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/parceria-contra-a-pandemia-uniao-entre-sabara-e-escolas-promove-maior-seguranca-a-alunos/ 

 

Telemedicina do Sabará leva assistência em saúde e acolhimento até a casa dos pacientes

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/telemedicina-do-sabara-leva-assistencia-em-saude-e-acolhimento-ate-a-casa-dos-pacientes/

 

Em nova série, Youtube do Sabará abordará à saúde mental na adolescência

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/em-nova-serie-youtube-do-sabara-abordara-a-saude-mental-na-adolescencia/

 

De consultas à procedimentos, Centro de Excelência em Alta Complexidade oferece todos os cuidados às crianças com doenças crônicas 

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/de-consultas-a-procedimentos-centro-de-excelencia-em-alta-complexidade-oferece-todos-os-cuidados-as-criancas-com-doencas-cronicas/ 

 

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