Implantadas pelo mesmo médico
Lak Lobato é empresária, palestrante, escritora. Beatriz tem 2 anos e acaba de passar por uma cirurgia no Sabará. O que elas têm em comum? Ambas têm deficiência auditiva e fizeram o Implante Coclear com o Dr. Robinson Koji, otorrinolaringologista do Sabará. Elas se encontraram na semana passada no Hospital, logo após o implante da pequena.
A história começou quando Bianca, mãe de Beatriz, se tornou fã de Lak há alguns meses, momento em que estava descobrindo o diagnóstico da filha e assistiu a uma palestra de Lak contando sua história. “Comecei a segui-la no Instagram porque me interessei pelos livros e pela boneca”, conta Bianca. Ela se refere aos livros escritos por Lak: “Desculpe, não ouvi” e o infantil “E não é que eu ouvi?”, cuja personagem principal, Lalá, tem deficiência auditiva e já virou boneca. Em fevereiro, Lak lançará mais um livro infantil, com patrocínio do Sabará: “Lalá é assim: diferente igual a mim”.
Lak faz um trabalho de apoio a candidatos e usuários de tecnologias auditivas, setor que vem crescendo dentro do hospital. Então, desde aquela palestra, Bianca e Lak vinham trocando ideias sobre o implante coclear, até que a profissional foi convidada para visitar a pequena após a cirurgia no Sabará. “Alguns pais me convidam para essa visita, porque é um momento em que eles querem estar com quem já passou por isso”, conta. Mas a escolha do mesmo médico foi coincidência. “É porque ele é um dos maiores especialistas do País”, diz Lak sobre o Dr. Koji.
Além de conversar com a família, esclarecendo as dúvidas, Lak levou a boneca da personagem Lalá ao Hospital. “Foi uma surpresa e ela se apaixonou imediatamente pela boneca. Ela nem conhecia a personagem ainda”, conta Lak.
Deficiência auditiva
A pequena Bia nasceu prematura, passou um período na UTI e, quando foi feito o teste da orelhinha, na maternidade, o resultado foi resposta ausente nos dois ouvidos. A orientação médica era repetir o exame. Após um mês, a família fez um dos exames necessários, mas acabou não fazendo o exame de emissões acústicas, que era importante para o diagnóstico. Bianca acreditou que não havia deficiência auditiva.
Conforme o tempo passou e Bia não aprendia a falar, a família passou por diferentes fonoaudiólogas, fez todos os exames necessários e descobriu o diagnóstico de perda severa a profunda de audição.
A cirurgia de implante coclear foi realizada em janeiro no Sabará e em fevereiro será feita a ativação para que ela possa ouvir.
Já a história de Lak Lobato é diferente: a perda auditiva ocorreu aos 10 anos de maneira súbita, supostamente como consequência de uma caxumba. A perda foi bilateral, profunda e irreversível. O implante coclear foi feito apenas depois dos 30, quando entrou para um programa da Universidade de São Paulo, época em que a tecnologia estava se popularizando no Brasil. Com a publicação do primeiro livro e a criação do blog Desculpe, Não Ouvi começou a ganhar notoriedade e o tema deficiência auditiva virou sua profissão e uma maneira de fazer a diferença na vida de outras pessoas.