A importância das vacinas para crianças cardiopatas
Crianças com doença crônica, como as cardiopatias congênitas, costumam ser mais suscetíveis às doenças infecciosas, por isso a prevenção de infecções através de vacina é importante.
Pacientes cardiopatas possuem alterações na circulação do sangue pelo coração e, muitas vezes, também na distribuição para os tecidos do corpo. Como o coração precisa exercer um esforço acima do habitual, há um gasto energético maior e, em algumas situações, má distribuição de sangue para os órgãos. Neste contexto, qualquer infecção pode descompensar a doença cardíaca de base, resultando em internação hospitalar.
Segundo o infectologista Daniel Jarovsky, geralmente não há contraindicações para a vacinação da criança com cardiopatia. No entanto, como algumas vacinas resultam em febre com frequências mais altas, deve-se dar preferência as que causem menos eventos adversos, sempre com a indicação da equipe de cardiologia que acompanha o paciente. Alguns exemplos são: vacina celular contra a difteria, tétano e coqueluche (DTP), disponíveis na rede pública de saúde, e a vacina meningocócica B.
Por causa da maior suscetibilidade a complicações cardíacas e pulmonares após quadros infecciosos, a criança cardiopata deve sempre receber o esquema de vacinação mais amplo possível, considerando eventuais contraindicações do médico sobre algumas vacinas e a disponibilidade delas na rede pública ou privada.
Além das que constam no Calendário Nacional de Vacinação pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, o SUS disponibiliza vacinas adicionais, indicadas para pacientes de risco como os cardiopatas, nos Centros de Referência dos Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Os pacientes com cardiopatia devem ter as vacinas sempre atualizadas, podendo também passar por uma avaliação do infectologista para maximizar a proteção contra doenças preveníveis.