Febre amarela: o que os pais precisam saber?
Surto da doença tem preocupado e aumentado a procura por vacina
São Paulo, janeiro de 2017 – O aparecimento de casos de febre amarela nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo no início deste ano tem alarmado a população sobre um possível surto da doença em outras regiões do Brasil.
A disseminação do vírus preocupa uma vez que um de seus vetores é o Aedes aegypti, principal vetor também para Dengue, Zika e Chikungunya.
Até o momento o que se sabe é que os casos confirmados nesses estados são de febre amarela silvestre, ou seja, transmitida por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, presentes em áreas específicas de mata.
De acordo com o médico infectologista do Hospital Infantil Sabará, Francisco Ivanildo de Oliveira, não se deve alarmar a população, já que não há evidências de transmissão urbana. “Não é o caso de sair vacinando todo mundo. Por enquanto a vacina só faz sentido para aqueles que vivem em regiões de risco ou que vão viajar para estes locais. A vacina é segura e os efeitos colaterais costumam ser leves, mas algumas pessoas podem ter reações mais sérias, por isso é muito importante que ninguém seja vacinado sem necessidade”, explica.
Dicas
O médico elenca 5 pontos que são necessários saber sobre a doença neste momento. Confira:
- A vacina é, sim, a melhor forma de prevenção. Porém, verifique no site do Ministério da Saúde se a sua cidade está na área de risco para transmissão da febre amarela. Nestes locais a vacina é recomendada e oferecida pela rede pública;
- Se você pretende viajar pelo país, informe-se com antecedência se o seu destino é uma área com risco de transmissão da doença, pois a vacina precisa ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem;
- Em áreas de risco ou mesmo em regiões não afetadas, o uso de repelentes é sempre recomendado já que evita a picada de mosquitos, que podem transmitir outras doenças;
- Demais barreiras físicas para impedir o mosquito também são bem-vindas, como uso de telas nas janelas e sobre a cama;
- Nas crianças que vivem em áreas com recomendação de vacina, a idade recomendada para a primeira dose é a partir dos 9 meses de idade.
- Grávidas e mulheres que estão amamentando não devem ser vacinadas.
Por fim é importante manter-se atento ao controle da proliferação dos mosquitos. Mesmo sem haver transmissão da febre amarela urbana, a redução de criadouros do Aedes é fundamental para prevenir outras doenças, como Dengue, Zika e Chikungunya.
Sintomas
A febre amarela causa sintomas semelhantes em crianças e adultos. “O aparecimento de febre alta sem explicação e repentina, além de dores musculares, calafrios e náuseas, indicam a necessidade de procurar um serviço de saúde”, completa o médico.
A maioria dos casos da doença se comporta de forma benigna e o paciente se recupera rapidamente. Porém, assim como toda doença infecciosa, a febre amarela pode evoluir para a forma grave causando icterícia e complicações hepáticas e renais. “É importante que se faça o diagnóstico correto o quanto antes. Portanto, pessoas não vacinadas que estiveram em áreas de transmissão da febre amarela e que apresentam quadro febril até 15 dias após a viagem devem procurar um médico e ele indicará tratamento e exames necessários”, finaliza.
Sobre Hospital Infantil Sabará
O Sabará é uma instituição sem fins lucrativos e braço assistencial da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, da qual faz parte também o Instituto PENSI, focado na realização de pesquisas e no ensino e treinamento de profissionais da saúde infantil. É um dos maiores e mais respeitados centros de atendimento pediátricos do Brasil, reconhecido pelo excelente atendimento ao paciente e pelo pioneirismo nesta área, desde sua inauguração em 1962.
Instalado em um moderno edifício de 17 andares na Avenida Angélica, em São Paulo, opera segundo o conceito de “Children’s Hospital”. Este modelo assistencial conta com a retaguarda em todas as especialidades pediátricas e atua com equipe multiprofissional integrada e de alta capacidade resolutiva na atenção à criança.
Em 2013 o Hospital recebeu seu primeiro selo de acreditação pela Joint Commission International, principal agência reguladora de instituições de saúde no mundo. Em 2016 o Sabará foi reacreditado, reforçando seu compromisso com a qualidade e com a prestação de cuidados de saúde segura e eficaz.