Núcleo de Cranioestenose e Assimetrias Craniofaciais utiliza biomodelagem como parâmetro corretivo na estratégia de programação cirúrgica
Equipe interdisciplinar realizou, na última sexta-feira, 24 de agosto, a primeira reunião para debater intervenção cirúrgica de um caso raro. Para ajudar no planejamento dos procedimentos necessários, foi produzido um biomodelo do crânio da criança em tamanho real, criado a partir de seus exames, onde é possível ver em detalhes a anatomia do mesmo.
Com este modelo em mãos servindo de guia, a equipe reunida pôde discutir o que fazer daqui em diante. O modelo também poderá ser “operado” antes da cirurgia, como treinamento para os médicos envolvidos.
O que torna este caso mais complexo do que uma cranioestenose comum é a síndrome que a paciente tem, ainda indefinida – com possibilidade de se configurar como Apert ou Pfeiffer, ambas raras.
Como serão necessárias algumas etapas cirúrgicas, os médicos de diversas especialidades- neurocirurgião, cirurgião vascular, cirurgião plástico, geneticista, oftalmologista, cirurgião de vias aéreas – se reuniram no Hospital para fazer o planejamento dos procedimentos.
“Com o biomodelo, a cirurgia se torna mais segura, com menor morbidade e melhor recuperação”, explica o cirurgião plástico Maurício Mitsuru Yoshida.
O objetivo do Núcleo de Cranioestenose e Assimetrias Craniofaciais é atender estes pacientes de maneira personalizada e global, contando com a infraestrutura hospitalar de ponta e médicos experientes.
O que é cranioestenose?
Cranioestenose ou craniossinostose é uma deformidade progressiva da cabeça do lactente, que ocorre pelo fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas – articulações fibrosas que estabelecem ligações entre os ossos do crânio e da face.