O Milagre de Natal chamado Giovanni
O Milagre de Natal chamado Giovanni
Como é possível imaginar que um pré-adolescente, sem nenhum tipo de problema de saúde aparente, passaria por uma experiência tão forte que mexeria com toda a família?
Essa é a história de vida de Giovani Yuri Mita Chaves, de 15 anos. Em 01 de outubro de 2019, Giovanni (com 13 anos na ocasião) convulsionou pela primeira vez a caminho da escola. “Nossas vidas viraram de ponta cabeça! Quatro dias depois ele foi internado e não tínhamos ideia de que passaríamos 83 longos dias dentro de um quarto de UTI”, explica a mãe Cherliana Aparecida Mita Chaves.
Foram quase 30 dias de muita aflição e vários tipos de exames até ser apresentado o diagnóstico. “No início, apesar de muita angústia por não sabermos o que ele tinha, não podíamos imaginar a gravidade e o grande martírio que nos esperavam.”, diz a mãe.
Após inúmeros exames realizados e conversas com uma grande equipe de profissionais, saiu o resultado: uma doença rara chamada encefalite autoimune. “Nosso filho só piorava, foram muitas convulsões, duas intubações, crises psicóticas, doses altíssimas de medicações. Uma cena de cortar o coração! Só Deus para ter misericórdia e nos dar o alento para continuarmos firmes, pois humanamente, era quase impossível acompanhar tanto sofrimento,” relata Cherliana.
Mas, a união entre a ciência e a fé da família foram imprescindíveis. “Nosso quarto de UTI era um verdadeiro Santuário, tínhamos nosso altar e sentíamos a presença de Deus. Tanto que ouvíamos de enfermeiros e médicos que aquele local emanava luz e paz”, afirma a mãe.
Foi quando, depois de 83 dias de internação na UTI, o grande milagre de Natal aconteceu. Giovanni foi avisado no dia 25 de dezembro de 2019 que teria alta e no dia 26 deixamos o hospital. Contrariando todos os diagnósticos sobre as sequelas e o tempo de internação, Giovanni estava andando, falando, lendo, comendo e com todas as suas funções cognitivas preservadas.
“Nosso filho ter ficado internado no Sabará também foi uma providência divina, pois fomos muito bem atendidos, com imenso carinho e humanidade de todos os profissionais, os quais muitos ainda continuam em nosso círculo de amizade. São muitos profissionais para serem agradecidos, muitos nomes. Fomos muito acolhidos por todos, desde as profissionais da limpeza, copa, enfermeiros, equipe de encefalograma, de Child Life, fisioterapeutas, além da equipe multiprofissional maravilhosa . Os psicólogos tiveram uma preocupação não só com Giovanni, mas comigo e com minha família. Nós percebíamos o olhar especial deles para conosco. Dr. Carlos Takeuchi e a Dra Denise mergulharam no estudo do caso do nosso filho. Se não tivessem olhado para nós desta maneira, não sei como seria. Saber que não estávamos sozinhos nesse momento foi muito importante. Eu só tenho que agradecer a Deus que com sua delicadeza, preparou-nos até o lugar onde meu filho iria ficar”, agradece a mãe.