Os benefícios no retorno das aulas para as crianças
Após quase um ano sem aulas presenciais devido à pandemia, os alunos do ensino fundamental e médio estão de volta às escolas.
Com a vacinação contra a covid-19 autorizada pelos órgãos de saúde para crianças com idade entre cinco e 11 anos, esse momento tem se tornado mais seguro. Entretanto, muitos pais ainda têm dúvidas em relação à vacinação infantil. De acordo com o infectologista e gerente médico do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Ivanildo Oliveira Junior, nesse momento em que a variante Ômicron tem causado o aumento no número de casos de internações em todo o estado, a vacinação se torna uma importante ferramenta para as crianças nesse retorno das aulas. “É preciso entender que qualquer pessoa que esteja vacinada reduz o risco das formas graves da covid e consequentemente, as internações. Todas as crianças dessa faixa etária e os adolescentes que estão entre 12 e 17 devem iniciar imediatamente a imunização, aumentando a segurança do grupo e da comunidade escolar”, explica o infectologista. A ausência dos alunos nas escolas criou, além de um déficit de aprendizado, picos de ansiedade e graves danos à saúde mental das crianças. “Observamos que isso ocorre por conta das relações e interações sociais tão importantes para o desenvolvimento global das crianças. Com relação a ansiedade tudo que é novo gera um comportamento adaptativo. Então, se a criança não retorna as atividades escolares, a sua rotina vai acarretar consequências emocionais, como sintomas de ansiedade, irritabilidade e até tristeza”, explica a coordenadora do departamento de psicologia do Sabará Hospital Infantil, Cristina Borsari. Por esse motivo, Dr. Francisco ressalta a importância do convívio das crianças e adolescentes a sua rotina escolar e explica que é possível retornar às aulas com toda segurança, seguindo as principais orientações. “As medidas de controle devem continuar sendo aplicadas como a utilização de máscaras e a higienização das mãos com álcool em gel. Caso seja observado que a criança apresenta qualquer sintoma como febre ou coriza deve-se evitar o envio para a escola para que não haja possíveis transmissões”. Outras medidas de segurança também devem ser associadas, como por exemplo, a redução de aglomerações durante as atividades, promoção de ventilação adequada, cuidado em relação às refeições com distanciamento de mesas ou divisórias reduzindo contato, entrega e retirada das crianças no portão, utilização de horários alternativos para limpeza e serviços de manutenção, diminuindo ao máximo o número de pessoas circulando.