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Sabará tem protocolo de proteção para crianças em vulnerabilidade
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Sabará tem protocolo de proteção para crianças em vulnerabilidade

O NACRI existe apenas no Sabará e surgiu como protocolo para os casos de suspeita de abuso, negligências, ideação suicida, maus tratos e vulnerabilidade social

Para identificar as situações de vulnerabilidade das crianças e adolescentes que passam pelo Sabará, contamos com o NACRI (Núcleo de Atendimento para Crianças e Adolescentes em Situação de Risco), protocolo institucional protetivo que analisa possíveis casos de ameaça à integridade física e mental de nossas crianças.  Este Núcleo é composto por Assistente Social, Psicóloga e Diretor Clínico.

“Toda criança que é atendida em nosso Pronto Atendimento é avaliada pela equipe médica e de enfermagem, que observam algum tipo de vulnerabilidade. A partir da suspeita, o NACRI é acionado por um documento próprio, preenchido pelo médico, com histórico clínico e motivo da suspeita e é encaminhado para a equipe responsável. “Quando recebo esse documento, disparo para os gestores e nos reunimos com a Diretora Clínica uma vez por semana para discussão do caso e definir a melhor intervenção. Em alguns casos, se faz necessária a notificação para o Conselho Tutelar, CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) e Vara da Infância e Juventude. Em casos de transtornos psicológicos, acionamos a Psicologia e realizamos uma conversa qualificada com a criança ou adolescente para compreender a sua realidade e identificar a melhor estratégia de atuação para auxiliá-lo nesse momento frágil”, explica Letícia Biagi, assistente social do Sabará.

O NACRI existe para casos como ideação suicida, intoxicação exógena, suspeita de abuso e maus tratos, negligência familiar e crianças que chegam ao hospital com fraturas ou ferimentos que levantem a suspeita de violência doméstica. “Quando falamos sobre transtornos mentais e suicídio, temos uma criança ou adolescente que está passando por alguma vulnerabilidade ou questões emocionais preexistentes, então a Psicologia entra em ação. Muitos desses casos podem e devem ser prevenidos, por isso a importância deste protocolo”, explica Cristina Borsari, coordenadora do setor de Psicologia do Sabará.

 

Aumento dos casos de transtornos de saúde mental em crianças e adolescentes é preocupante

Em todo o mundo, a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes (dados da Organização Pan-Americana de Saúde/OPAS). O suicídio é a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos, e um estudo divulgado em fevereiro de 2024 pela Fiocruz Bahia revelou que a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre 2011 e 2022.

A pandemia da Covid-19 foi um agravante no cenário da saúde mental de crianças e adolescentes, e recentemente os números têm mostrado uma discreta recuperação do pós período pandêmico. “De 2022 para cá o número de ideação suicida, cutting e tentativa de suicídio ainda se mantém aumentado, em paralelo aos transtornos de ansiedade e de humor depressivo. Crianças e adolescentes ficaram sem convívio social durante a pandemia e muitas vezes em desamparo afetivo.  A frequência escolar, o brincar e as atividades sociais protegem muito a saúde mental das crianças”, explica Borsari.

Para a psicóloga, o uso excessivo de telas também é um ponto importante a ser discutido se queremos mudar a realidade desta e das próximas gerações. “O uso excessivo de telas, Tik Tok, jogos, redes sociais em geral, estimula demais a atividade sináptica e desencadeia estados ansiogênicos. Esse uso pode ser um gatilho para a manifestação precoce de transtornos mentais. Mas aí tem uma questão muito importante: não adianta proibir o acesso dos jovens a telas se os pais passam o dia no celular. Eles aprendem pelo exemplo”.

 

Parentalidade participativa e conexão é essencial para promover a saúde mental dos jovens

Não existe parentalidade sem diálogo, e crianças que enfrentam crises de saúde mental precisam ainda mais do apoio da família. “Eu percebo que existe muito pouca escuta, conexões. A família percebe que a criança está isolada, mudou de comportamento ou está agressiva e então, já busca terapia, ou medicação. Mas as pessoas não exercem uma escuta, não incentivam essa criança a compartilhar suas experiências, é preciso existir a troca, o diálogo empático. Os pais exigem que as crianças contem as coisas em tom de punição, e aí não existe conexão verdadeira. O diálogo permeia o afeto. É por meio desse afeto que a criança e o adolescente aprendem a lidar com as crises”, explica a psicóloga.

 

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