Mononucleose Infecciosa - Hospital Sabará
 
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Mononucleose Infecciosa

Mononucleose infecciosa é classicamente caracterizada por febre, faringite, linfadenopatia (gânglios ou íngua) e fadiga. Outros achados podem incluir aumento do baço e manchas vermelhas no palato (“céu da boca”). É causada pelo vírus de Epstein-Barr.

Os sintomas em crianças geralmente são subclínicos e só 10% delas apresentam a tríade clássica. A transmissão se dá pelo ar e pelas secreções (principalmente a saliva, daí o nome de “doença do beijo”). O vírus não é considerados dos mais contagiosos.

As complicações são raras e incluem ruptura do baço e obstrução das vias aéreas. Manchas vermelhas, como na urticária, ou erupções cutâneas petequiais (manchas sanguíneas bem pequenas) podem ser vistas ocasionalmente. As erupções cutâneas são mais frequentes após a administração de ampicilina ou amoxicilina.

Os achados laboratoriais comuns incluem aumento de linfócitos, com muitos linfócitos atípicos, e outras alterações laboratoriais, como pesquisa do vírus de Epstein-Barr.

O tratamento é feito, basicamente, com sintomáticos para febre e dor, dieta leve (com muito líquido) e repouso. Antibióticos, antivirais ou cortisona só com orientação médica e, em geral, nos caso que apresentam complicações. A doença dura de 1 a 2 semanas. Para os atletas que planejam retomar suas atividades, o ideal é recomeçarem a se exercitar 3 semanas após o início dos sintomas. Para esportes de contato físico intenso ou atividades associadas com a pressão intra-abdominal, sugerimos esperar um mínimo de 4 semanas após o início da sintomatologia.

Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Up to Date (Infectious mononucleosis in adults and adolescents)



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