Surto de febre maculosa: saiba como evitar a doença e proteger as crianças em casos de contato com carrapatos ‌ - Hospital Sabará
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Surto de febre maculosa: saiba como evitar a doença e proteger as crianças em casos de contato com carrapatos  ‌
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Surto de febre maculosa: saiba como evitar a doença e proteger as crianças em casos de contato com carrapatos ‌

Surto de febre maculosa: saiba como evitar a doença e proteger as crianças em casos de contato com carrapatos

Tratamento precoce e atenção a áreas de risco epidemiológico são essenciais para evitar o contágio

 

O atual surto de febre maculosa vem assustando os moradores da Grande São Paulo: na última sexta-feira (16) foram anunciados 10 casos de suspeitas de contágio, após os indivíduos participarem de eventos na Fazenda Santa Margarida, em Campinas. Nos últimos dias, o Instituto Adolfo Lutz confirmou a morte de quatro pessoas que se infectaram com a doença e o governo de São Paulo confirmou que as regiões de Campinas, Piracicaba, Assis e Sorocaba são locais de atenção epidemiológica.

A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa, febril e potencialmente fatal. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, é responsável por casos em regiões de São Paulo, que fazem parte de áreas onde ocorre transmissão desta doença com aumento de casos nesta época do ano. A febre maculosa é uma zoonose que chega ao homem por meio da intermediação de um animal e o contágio ocorre quando o carrapato permanece fixado na pele do humano de 4h a 6h.

Embora a doença possa ser grave e de difícil diagnóstico, não há motivo para pânico por parte da população. De acordo com o Dr. Francisco Ivanildo Oliveira, infectologista e gerente médico do Sabará, nem toda pessoa que entrar em contato com um carrapato estrela adoecerá.

“Precisamos lembrar que a maior parte dos carrapatos não transmite febre maculosa. Em geral, as pessoas identificam a presença do carrapato na pele ou apresentam um reação leve no lugar da picada, mas podem não perceber a ocorrência de picada. Por isso, é importante que avaliem se estão em uma área de transmissão de febre maculosa e acionem um médico; caso tenha febre, com ou sem manchas na pele, entre 2 e 14 dias após a visita ao local de risco”, explica o especialista.

Meu filho foi picado: o que fazer?

Se a família estiver viajando ou resida em um local com mata fechada, florestas e incidência de capivaras (principais reservatórios da febre maculosa) e cavalos, é importante ficar de olho em possíveis picadas de carrapatos e acione o médico para começar o tratamento antes do diagnóstico confirmado.

“Caso a criança seja picada, é necessário retirar o carrapato da pele de forma correta. Não pode ser esmagado, pois elimina saliva na corrente sanguínea que aumenta a concentração da bactéria. O correto é utilizar uma pinça e girar o carrapato, para que ele se desprenda da pele naturalmente”, explica o médico.

“O médico e a família precisam conversar e a história precisa ser detalhada. Se temos uma criança com febre, mesmo que não tenha manchas na pele, que foi picada por carrapato presente em uma região com histórico de transmissão de febre maculosa, é hora de agir com rapidez, porque o sucesso do tratamento depende da precocidade. Não existe um teste rápido para diagnosticar a febre maculosa, como fazemos com a dengue. É preciso esperar pelo menos 14 dias para ter a confirmação da febre maculosa, então o tratamento deve ser iniciado no momento da suspeita”, completa o infectologista.

Sintomas e rapidez no tratamento

Os pais precisam observar a criança de perto após a picada de um carrapato. O período de incubação da doença vai de dois a 14 dias e os sintomas podem começar após 48h. Normalmente, o primeiro sintoma é a febre alta, acompanhada de dores na cabeça, no corpo e prostração. Por volta do terceiro dia, podem aparecer lesões de pele.

O tratamento deve ser feito no início da doença, de preferência antes do aparecimento das lesões de pele. A demora pode fazer com que a doença evolua para sintomas graves, inflamando os vasos sanguíneos e trazendo danos para o cérebro, os rins e o coração. “Quando a doença evolui para sua forma grave, ela pode causar o que chamamos de choque, ou seja, queda acentuada da pressão arterial, gerando sequelas renais e cardíacas, e as lesões de pele podem evoluir para necrose do tecido”.

Como prevenir?

De acordo com o médico, é importante que os responsáveis evitem que as crianças tenham contato direto com o solo e a vegetação em áreas endêmicas da febre maculosa. “O ideal é que o corpo da criança esteja coberto, usando calças, blusas de manga comprida e sapatos fechados e não deixem a pele ter contato com a parte externa”, explica.

Outro aliado é o repelente com a substância DEET para ser eficiente contra carrapatos e evitar a aproximação de artrópodes.

Outras indicações de prevenção:

  • Usar roupas claras para ajudar na identificação de qualquer carrapato;
  • Evitar locais com vegetação muito alta;
  • Verificar carrapatos que possam estar em animais de estimação;
  • Remover os carrapatos de forma correta, com o uso de pinça e sem apertá-los;
  • Rapidez em extrair o carrapato;

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