Vacina que previne o câncer: tem que tomar!
O Ministério da Saúde começou este mês uma campanha publicitária para incentivar a vacinação de crianças e adolescentes contra o HPV, com o objetivo de alcançar 20,5 milhões de meninos (de 11 a 14 anos) e meninas (de 9 a 14 anos). A vacina está disponível no SUS e deve ser aplicada em duas doses com intervalo de 6 meses entre elas.
A campanha este ano será veiculada até o dia 28 de setembro e também será divulgada em escolas. Apesar de estar no calendário de vacinação brasileiro há 5 anos, a vacinação contra o HPV nunca teve cobertura vacinal superior a 50%, sendo que muitos deixam de tomar a segunda dose. É importante lembrar que apenas após a aplicação das duas doses a vacinação estará completa e o adolescente estará, de fato, protegido.
A vacina utilizada é a quadrivalente, que protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam verrugas no ânus e órgãos genitais) e de alto risco (tipos 16 e 18, que causam câncer). Como existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar a região genital e provocar cânceres, a vacinação não dispensa o uso do preservativo como forma de evitar a transmissão de infecções.
A vacina é segura e os efeitos colaterais costumam ser leves e autolimitados. Pode ser aplicada no mesmo dia que outras vacinas.
Prevenção de câncer
O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (genital, anal ou oral), podendo causar verrugas e tumores no colo do útero, pênis, vagina, ânus e orofaringe. Habitualmente a transmissão é sexual. O ideal é aplicar a vacina antes do início da vida sexual, já que ela não é eficaz para tratar infecções ou lesões por HPV já existentes.
O câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no Brasil e o quarto que mais mata, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Segundo estudos, o HPV está envolvido em quase 100% dos casos de câncer de colo do útero; 85% dos casos de câncer de ânus; 35% de orofaringe; e 23% de boca. Os cânceres de boca e garganta são o 6º tipo no mundo e seu surgimento está fortemente relacionado ao HPV e à prática de sexo oral.